sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

“Nossos segredos”

Nossos segredos não vão nos eternizar

Se os nossos debates são travados às escuras

Quem poderá ver em nós, um vencedor

Quem poderá consolar o perdedor

Que está doente.



Nosso mistério pode até ser atraente ou intrigante

Mas nós sabemos que não há glamour

Há apenas dúvidas e fraquezas

Correndo por dentro e por fora

E é certo que a dor vai nos matar

Se é que já não morremos por vários outros estímulos



Nossa fúria existe, mas a jogamos no peito, nos ossos, nos órgãos.

Estamos dormindo muito pouco

Porque as vozes não se calam

Para que a gente adormeça em paz.



Como é que alguém vai nos reconhecer

Quando formos classificados pelo que somos

Já que não há coerência entre o nosso ser e o nosso fazer

Ninguém vai se lembrar de nós

Porque fomos um segredo bem guardado.

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