quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Artéria

Presente em teu coração
como uma artéria necessária para que viva
para que sinta
para que saiba de alguma forma que também vivo
E se vivo tem se tornado cada dia mais
Só por você
Espero que entenda o que de forte nos ocorreu,
O que de especial nos foi dado
E não atropele o que sei que também sente
Faça que as almas gêmeas se encontre
E se tornem uma só carne
Uma só força
Uma só intenção
Presente em seus pensamentos estamos nós
Palavras que mais do que nunca entendo serem importantes
O silêncio não traz nada de bom quando é preciso se descobrir
Então me diga
Se mostrar faz bem
Só por você eu venho todos as noites na mesma paisagem
Mas para que seja novamente uma foto
falta te ter aqui comigo
É tão triste entender que o mais provável
É que você não venha
Como se minhas artérias ficassem secas
me sinto pálido
me sinto fraco




Cão Dragão

Violetas para o morto
Não tire esse morto do lixo
O lixo que se tornou sua vida
Quer ser feliz mas é aprendiz no amor
Não encontra saída
Nem sabe dar adeus
Perde porque não nasceu para ganhar
O máximo que ganhou foi a própria a vida
E muita insatisfação com seu disfarce
Nesta jornada perdida
Rodando em ciclos tentando agarrar a própria cauda
Como se fosse o fio da meada
Mas não se engane, rapaz
De leve não terás nem o sono
De sorte não terás nem a má
De amor talvez tenhas um pouco do seu próprio
Ou talvez nem isso.

sábado, 22 de setembro de 2012

Setembro

Nós não vamos ter nada
Errei de chamar de amor
O que quer que tenha sido aquilo tudo
Que você me permitiu viver
Já me defendi de todas as suas armas
Já me esqueci de todas as suas cartas
O que quer que tenha sido aquilo então
Se foi...
Uma obra prima que se desfez como castelo de areia
Tão belo e frágil amor
Tão correto te esquecer
Tão cético não sei te dizer
Te amo.

sábado, 15 de setembro de 2012

Santa Tereza

Vem correr na areia que é macia e fofa
Na verdade é a sensação que se tem
No fim os grãos são duros e irritantes
Deixa o vento deslizar sobre sua pele úmida
Faz um minuto de silêncio para você mesma
E aprenda achar o espetacular onde mora o óbvio
Porque na verdade não é obvio só para você
Permita-me dormir um pouco
Enquanto você decide o que quer fazer mais tarde
Casos e canções de amor
Sempre há que se esperar o fim...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Em vão?

Eu apenas quis que fosse o certo a se fazer
Mas as evidências mostraram que não estava tão claro
Será que eu me iludi outra vez?
Se for, me empreste a borracha que eu mesmo apago

Que mil lírios morram em um jardim sem terra
Se o verso foi dito para quem não tenho amado
A diferença entre chegar e partir
é muitas vezes nunca ter estado

Aprendo um pouco todo dia
Mas não sei ainda se foi bom ter ficado
Caso eu realmente decida ir
Deixarei um poema novo como recado

Sem uniformidade nenhuma os dias vem e vão
Mas confiante como nunca eu sigo sonhando
Permita-me lembrar de ti
Desta forma como venho lembrando

Um carrossel de coisas por girar e fazer
todas essas coisas que por você fico imaginando
Um toque nobre da luz do sol a brilhar
Todas essas coisas que por você insisto desejando

Embriagado pelas emoções e a incerteza
Vou ver até onde dá para levar essa paixão
A razão insiste em deixar a dúvida
tem sido tudo isso em vão?

Meus pés estão tão cansados de te procurar

Meus pés estão tão cansados de te procurar
De te achar e te seguir em vão
Meus pés estão desesperados por suas pegadas
quase apagadas e desordenadas pelo chão
Então a Chuva cai
E vem lavar toda incerteza
Nenhuma magoa nem tristeza
pela falta desse amor
Para mim foi a primeira vista
E para você so veio quando a brisa apertou
Ainda lembro da lua cheia daquele dia
Lembro da musica que ouvia
E de vocÊ chegar
Lembro de querer te tirar para dançar
Lembro de você sorrir
Lembro de você acenar
Para o outro rapaz que teve coragem de lhe convidar
Então me lembro de ele partir
Nem um beijo soube lhe dar
Cartas de amor nunca conheceu
Então ao tropeçar foi entre o chão e eu que você foi flutuar
E me lembro de seu olhar
E me lembro de você sorrir
E me lembro de você dançar
Meus pés estão tão animados por finalmente te acompanhar
Num compasso quatro por quatro
Numa vida ao seu lado



Dislexia

Não aprendi a ser grande
Apenas aconteceu
Vontade de riscar o céu
De cinza, carvão ou vermelho
O mundo é mesmo um grande borrão
Como pode ser cortante achar você
O melhor e o pior para mim?
É tenso e estressante
Te encontrar
e te perder
no fim...

domingo, 9 de setembro de 2012

Cat power

Deixe-me cair como se eu estivesse acordando de um sonho
Nenhum rei mago poderia me trazer um presente
Nenhuma fada, nem conto
Hoje é só a vida como ela realmente é
Deixe-me cair e quebrar como um copo de vidro
Meus estilhaços como de uma bomba vão bater em muita gente
Mas ninguém mais do que eu vai sair machucado
Hoje é só uma canção arranhada por um toca discos velho
Deixe-me ir
Vou aprender a viver

A sós a gente parece conseguir ouvir nossos próprios desejos
La fora fica parecendo que vivemos pelo querer dos outros
Sem vontade a mercê da falta de sorte
Hoje a vida vai passando...
Deixe-me acordar
Espreguiçar e esfregar os olhos sozinho
Mais do que ninguém sou eu quem precisa enxergar
Hoje como mais um dia para tocar uma nova canção
Deixei de sorrir
Vou aprender


Cantada

Eu falo de amor como quem só pensa em versos
Versos regados a álcool
Versos de chuva de vozes
Versos recitados por um gago
Eu faço rir
Ela me mostra abertos seus  lábios.

Uma cantada bem aplicada em um e outro lugar
E talvez ela nem perceba
Como um grão de arroz que caiu por ai
Eu faço versos, ela provoca sonhos
Eu só faço escrever
Ela me faz chorar

Teu timbre de voz de Janis Joplin me rasga
Ontem eu quis chorar ao me afastar de você
E era apenas um tchau
Andando sob as estrelas sempre pra te dizer te amo
Adiando enquanto reconhecia o terreno
Muito mais do que acidentado


Uma cantada bem aplicada em um e outro lugar
E talvez ela nem perceba
Que ja está me fazendo tão feliz
Hoje a lua  cheia destroça corações solitários
Ela provoca calafrios
Ela me faz chorar



segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Beijos incendiários

Sei bem o que você sempre quis comigo
Os pensamentos mais impróprios, porem perfeitos
Coisas que ninguém ousaria dizer que fizemos
Os mais incendiários beijos

Posso surpreender cada milimetro seu
E provo com meus toques em você, incendiários
Coisas que ninguém se atreveria sonhar, acontecimentos
Palavras que ardem encontros de dois corpos legendários

Inspiração que se traduz em beijos
Foi assim que fizemos nossa história
Será possível te reencontrar, talvez
Para mais momentos de Glória

Sim, ta foda...

Sim, ta foda...
Não me ligue para perguntar o obvio
Estar longe de você
Estar perdido por você
Estar sem condições de acreditar
Acabou...

Sim, ta foda...
Por favor me ligue, simplesmente deixe recado
Vou ficar ouvindo sem responder
Vou ficar repetindo até cansar
Estou sem condições de não chorar...
Acabou....

Sim, é foda
Será que vai passar?
Não vou ficar sorrindo como antes
Não vou mais dançar a nossa música
Que quando tocava era por causa de você e eu
Não tocou...

Sim, foi foda
Se me ligar vou atender
Se me ligar vou gritar
Posso até perder o ar
Mas vou saber que é só por educação
Telefone, não tocou...

Sim, ta foda
Sim, é foda
Não me ligue ou ligue, sei lá
de qualquer forma vou ficar ouvindo sem responder
Vou dançar nossa música abraçado ao vinho
Acabou...

Parado ali na pedra olhando o horizonte

Parado ali na pedra olhando o horizonte
Mostrando que meu infinito reside no coração
Tantas vezes eu quis dizer mais do que consegui
Tentei livrar minhas estrofes dessa prisão

Caminhando contra o vento eu fui buscar
A coragem para ir contra a tormenta
Quem busca o que o sinal fechado impede de chegar
Se esforça e traz o amor que o corpo alimenta

Parado ali na outra pedra eu pude ver mais a frente
Um pouco mais do que a saudade desse amor
Busquei fazer sentido mas não deu
Então fiquei para dar à vida mais cor

Construindo uma montanha começando pelo vale
Compondo cada metro para que fique perfeito
A vontade de fazer bonito para lhe mostrar a noite
Faz com que eu busque escolher cada verso direito

Por isso tenha dó de mim, amor.
Você faz com que eu transforme medo em coragem
Esse é o poema em que escolhi cada palavra
Como forma de construir essa viagem


domingo, 2 de setembro de 2012

Você vê a felicidade nos olhos dela logo de manhã

Você vê a felicidade nos olhos dela logo de manhã
e pensa duas vezes antes de se despedir
sabe que ela é uma criança quando sorri
sabe que ela é seu talismã
fios de cabelos longos
serão loiros como fios de Sol?
serão castanhos como avelã?
serão como notas de acordeon!
serão longos os seus dias se a deixar
Assim como também serão se não...
mas melhor assim do que sermão

Teu vidro

Decepção amorosa é que nem uma janela de vidro bonito que quebra,
A gente chora pelo vidro quebrado,
Mas quando chega mais  perto, 
Consegue ver que além do vidro tem outras coisas...
Algumas mais belas.

Primeiro encontro



Ha mais estrelas no coração do que verdades ao pé do ouvido.

Mas é preciso fingir acreditar pelo menos na primeira vez.

Permitir-se um entretenimento que pode ser a semente para algo bem melhor

Mas é preciso segurar a cabeça com as duas mãos

Não se embriagar a ponto de perder a direção

Para eu poder ter sempre um pouco mais de você.




Como um vício passei a precisar mais e mais

Como um poema me preocupo com cada estrofe

Como um rio me faz ficar com o corpo um pouco gelado

Mas é preciso segurar nas pedras com as duas mãos

Não beber muita água nesta condição

Para eu poder não me afogar da forma errada em você

Eu não me chamo mais Azul

Permita-me apresentar quem sou
Nasci para ser Azul
Trazer a tranquilidade que era preciso ao Mundo
Todas as notas musicas me anunciariam
E eu seria o signo da Calmaria

Mas eu não me chamo mais Azul
Cheguei aqui e as notas desafinaram
Com os acontecimentos eu me tornei o Cinza
Todas as cores se reverteram
E o Destino que vim trazer se perdeu no vento

Permita-me lhe contar por que vim
Nasci pra ser os rios, o céu e um pedaço de uma Obra Prima
Porém me tornei a nevoa, as nuvens e a incerteza
Todas as regras se modificaram
E eu me tornei cinzento

E eu não me chamo mais Azul
Era preciso te dizer isso
Pois parte do que eu não sou
Fará muito mais falta à você
Eu seria seu alimento, sua alma, sua semântica

Eu traria a Glória
Eu traria a Virtude
Eu traria o arrebatamento

Eu seria a Sorte
Eu seria a Porta
Eu seria o Livro

Agora eu sou o Karma que trouxe a Dúvida
Nasci pra ser Azul, por que eu tinha a tranquilidade
Não nasci para lhe trazer esta forma de verdade

Permita-me corrigir o que sou
Eu não me chamo mais Azul
Isso se perdeu na Queda ou em algum lugar dentro de mim.

Uma nova forma de levitar

Meu novo amor é como uma versão melhor de um amor platônico
É gostoso sentir sua pele fresca e jovial
Beijos mais que incendiários tomam conta do que eu me propus conhecer
E de repente eu já estava totalmente apaixonado
Aguardando atentamente cada palavra a mim dirigida
Cada jeito de me tocar e pedir mais
Sempre me perguntando se esse é finalmente o caminho certo
Permitindo-me sonhar com cada repetição de um carinho novo
Com cada olhar que deixei escapar
E por um instante tudo que posso sentir é nossa respiração
Conjunta e ritmada
E esse descobrir frenético
Faz maravilhas à minha alma
Uma rapidez que parece querer corrigir
O tempo que passou ate nosso encontro
Cada segundo se transforma em um gesto
E o conjunto em uma nova forma de levitar
As horas passam como se jogassem contra a gente
As horas passam talvez como se fosse a pressa em nos apresentar
um pouco de cada vez do mundo de um e outro
As horas definitivamente passam para nos alertar
Que precisamos valorizar essa dadiva que foi nosso encontro

Meu balde

Eu perco as nuvens que davam esperanças
de que ia chover algumas coisas boas
Eu trouxe os baldes para o quintal
Eu trouxe minha capa pra proteger da chuva
que não vem mais
Eu perdi as estrelas cadentes que o outro rapaz pegou
enquanto eu dormia ou via um filme
Eu trouxe meus baldes pra perto da porta
E foi ai que eu vi ele passar com os dele bem cheios
Eu tentei sarar meu coração com um pouco de orvalho
Fiquei sozinho para poder me escutar
Mas só ouvi um grilo que pousou no meu pé
Eu pretendia jogar um balde de tinta nesse muro branco
que virou a minha vida
Mas não vai dar...

um trem...

Vou pegar um novo trem embarcar em uma nova viagem
A ultima vez estive no vale do aço
E sobre isso o melhor que faço
é esquecer

Uma nova viagem para continuar a construir
E não para fugir de alguém
Lá fora são as arvores e montanhas que passam
Aqui dentro esse amor é que perece.

Chuva de idéias para começar a colecionar lugares, novas amizades e sabores
Esta retomada é a minha caixa de lápis de cores
Vou colorir uma nova vida que vou rabiscar primeiro pra caprichar
Vou postar, curtir, compartilhar

Enquanto espero para decidir me estacionar em alguém
Lá nas entrelinhas vou deixar escrito a mensagem
Sobre avançar sem perder a direção
E talvez não enfarte o coração

Aqui dentro todos os amores fracassados estão guardados
Para que eu me lembre que é possível perder
Mesmo quando se acha que está ganhando
como acontece com os amores que prefiro esquecer

Há estações que apenas iludem
Esse é um tempo que ao você parar
Pode estar se perdendo alguém
Que sempre se sonhou encontrar.



Aconteça o que acontecer...

  Aconteça o que acontecer, vamos continuar por aqui. Não é a primeira vez que o mal parecer ganhar terreno O mal-intencionado, o mal encarn...