quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Um acorde

É não é para crer sem ver
Nem para sentir sem tocar
Mas sim preciso que feche os olhos e apenas ouça
Eu não vou lhe decepcionar

Vou lhe contar uma história
Que depois os detalhes eu explico
Mas para lhe acalmar eu ja adianto
Que tem a ver com você e tem a ver comigo

Preciso que você gire ao seu redor
Dançando
Espere para ver o que vou lhe apresentar
Cantando

Pode até abrir os olhos
Pois meu amor, agora é simples
Deixou-me te trazer aqui
E lhe oferecer o melhor que em mim existe

Vou lhe contar a nossa história
Como eu a vejo daqui pra frente
Você me diz "eu te quero"
E então se tornará realidade de repente


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Sede

Tudo as vezes se torna tão sombrio
O gosto amargo me domina a boca
 E um frio tenso, o estomago
Percebo que muito menos já vivi
e (quase) morri por alguém
Todas as danças que ja dancei
Ao som de musicas que imaginei
E no final eu me lembrei
Eu estava mesmo só
Queria rosas eu lhe dei
Queria sonhos eu os inspirei
Mais do que isso seria mágica
Minha cartola aposentei
A varinha eu quebrei
E o encanto ficou em branco
Ou tão cinza que achei
Tratar-se dos dias que chorei
As vezes tudo é mesmo tão sombrio
E não sinto o gosto apenas sede

Insulfilm

Partiu o coração para a dor
Caiu de amor e não se levantou
Depositou todas as fichas ao se entregar
Não pôde ver claramente aquela hora
Em que as escritas se apagaram sobre a pedra
Tentou reverter
Agora pouco estava aqui
pouco antes la fora
Olhando-me através do Insulfim
Quase me afoguei em lágrimas
Mas deixo guardado tudo agora
Que entendi que meu erro foi ser transparante

Podemos resolver isso?

Quando foi a primeira vez
que eu lhe pedi para acreditar em mim
Deve ter sido quando lhe convidei a me amar
Entregando sua alma sem medo assim

Eu nunca me perdoei
Pelas noite que me privei de ti
Tudo que queria era que nossos planos
Se tornassem nossos destinos lá no fim

Pergunte a si mesma agora
O que foi de bom que ficou comigo
Você partiu meu coração você partiu...
Como poderemos resolver isso?

Eu prefiro não sofrer calado
Estou gritando em meus versos
Para que jamais eu precise chorar
novamente em cima do travesseiro


terça-feira, 5 de novembro de 2013

A pedra

Eu ouço a pedra
E a pedra me falava
sobre todos que já pisaram nela
A pedra.

Eu converso com a pedra
Dessas que ninguém olha para ela
ou por ela
E comigo ela se sente como marfim

Eu falo para a pedra
Que mesmo ela tem seu brilho
O brilho de pedra neste mundo tem seu lugar sim
É muitas vezes de valor incalculável

Eu ouço a pedra
E a pedra me conta
Que ninguém gosta dela
Mas com ela quebrariam um nariz no meio da guerra

Eu converso com a pedra
E ela, nem quer mais saber de mim
Ela percebeu quem eu era
E preferiu outro a mim

Eu falava para a pedra
E a pedra, coitada se perdia por ai
Em sonhos de ser joia, de ser arma
E no fim a pedra já não estava mais aqui

Eu nem vejo mais a pedra
E era a pedra assim
Movida na lava do vulcão
Enquanto eu virava pedra

Música sem som

Aquela música sem som
que eu pedi para você colocar
Antes de me abraçar
E a gente dançar
dois pra lá e dois pra cá
É a nossa música
O som não importa
Mas sim a companhia.

domingo, 3 de novembro de 2013

Um verso para cada dia de novembro

Então chegou Novembro
E sei que não te verei por um tempo
Eu busco distrações que me impeçam de cair em prantos
Para cada dia que eu sobreviver sem ter você me lembrando
Que te amo

Vou te deixar preso em um verso
Para cada dia que você ficar longe de mim
Que você sofra de saudade
É Novembro, você avisou que seria assim
Desta vez me deu a mais pura verdade

São só algumas poucas horas, você me disse
Eu que não acreditei
Não deixei de sofrer
E seu eu tivesse acredito em meu rei
Estaria de qualquer forma sem você

Novembro para mim pode ir embora
Eu quero logo um Dezembro novo
Você batendo em minha porta
E eu sorrindo feito bobo
Você, a melhor de parte de mim.







A fossa

Era uma vez a fossa funda
Então a fossa foi tampada com muita areia
Só que era areia movediça
Por um descuido bobo eu voltei a cair

Prometi que seríamos um segredo bem guardado

Se em tudo que fizeste colocar amor
Qualidade maior alcançará
Hipnotizará quem de fato for atingido
E se você não avisar sobre seu jeito de amar
Eu posso apostar
Que logo estará também caído
de amor.

Se em cada toque puder transmitir calor
Algo bom em cada um acenderá
Fará de fato o mundo um lugar menos frio
E se esse amor não fracassar
Deixe-me adivinhar
Logo será então escolhido
por um amor.

Essas histórias que contam sobre o acaso
E sobre o amor a primeira vista
Eu me recusaria a acreditar
Se comigo já não tivesse acontecido
Eu quando lhe vi só pensei em lhe abraçar
E que você ficasse então comigo

São tantas coisas que eu poderia confidenciar
Mas essa história não é só sobre mim
Prometi que seríamos um segredo bem guardado
Só me resta portanto cumprir
Mas a cada sonho que eu tenho com você eu deixo escapar
Que há alguém por quem respiro

Mas é claro que o amar prosperará
Mas é claro que o amar convencerá
Por isso eu ponho amor em todos os lugares
E assim também me conecto contigo
Para onde quer que eu vá
Para longe ou além mar.

O Patinho feio no lago dos cisnes

Você as vezes não consegue enxergar o seu lugar no mundo
Como se nada combinasse contigo
Como se as peças do quebra cabeça  fossem trocadas
E então você simplesmente não encontra encaixe
O tempo passa e isso se tornar pior
Seus sonhos não vão de encontro aos sonhos dos outros
Você apenas planeja uma viagem
Enquanto uns casam
Enquanto uns tem filhos
Enquanto o Sol nasce
E você prefere a noite

A vida toda se sentiu tão por baixo
Nada seu parecia bom
Enquanto os outros se saiam bem
Não encontrou alguém para lhe chamar de amor
Embora as pessoas dissessem que você merecesse
Mas você sentia lá no fundo
Era apenas piedade
Seu desejo era apenas que não tivessem pena
ou que essa pena se transformasse em asas
para que você finalmente voasse por ai
Como um cisne.


Daqui da Lua

Daqui da Lua a Terra é mesmo maravilhosamente linda
Eu agradeço por poder conseguir levitar
Assim posso transformar a imaginação em estrelas cadentes
E então pensar que você fará um pedido
E depois de um tempo na sua porta eu vou estar
Como se você nunca tivesse partido
meu coração.

Há certas tristezas que a vida não irá apagar
Simplesmente porque a alma não cicatriza
O mal que vem de um bem
é tão maior que o próprio bem que um dia foi e não é mais
Eu tentei te perdoar
Mas eu não sou disso.
Por mais que eu em algum lugar bem la no fundo
Eu te adore
Ja se foi todo aquele amor que era puro
Então acho que vou ficar sentado aqui de cima
So te assistindo
Talvez suas mancadas sejam diferentes das que já tenha vivido
E então um dia o seu amor não mais fracasse
Te desejo isso e pronto
Te desejo, é isso ponto!

Daqui da Lua o meu vazio parece ínfimo
Ja que olho para o infinito
E é tão lindo
Não ter que enxergar o fim
Porque lugar nenhum se encerra aqui
Na imensidão das estrelas
Na escuridão do espaço
Pelo menos até o oxigênio acabar
Será irônico ver a vida ir embora
Enquanto me transformo em poeira cósmica
Que um dia de alguma forma iluminará
Uma noite de um outro amor seu
que não eu...
por que não eu?
É, não eu...






Sinto falta

Sinto falta das guitarras distorcidas
Sinto falta do arco íris no fim de uma tarde bem vivida
Sinto falta do cheiro de terra molhada
Sinto falta de ver abelhas pousando em flores
Sinto falta de sua janela aberta até bem tarde
Por onde eu via você, bonita
Sinto falta de ter dó
Sinto falta até de mim
Sinto falta de viver sob um sol que eu possa aguentar
Sinto falta de uma boa música
Sinto falta até do vinho
Que você me ensinou apreciar
Sinto falta de amores que enchiam a imaginação antes de ti
Sinto falta de giz de cera
Sinto falta de poder brincar
Sinto falta de ver o mar
Sinto falta de me sentir tranquilo
Sinto falta de poder esperar
Que o relógio me trouxesse você
Sinto tanta falta que não pude deixar de transformar
A tristeza em versos
A saudade em caracteres
E a disritmia em poesia
Sinto falta de não ter que explicar
Apenas abraçar e ficar quieto
Sinto tanta falta mesmo de ver o mar
O farol
Sinto falta de mergulhar
E ver então o pôr-do-sol.


É o crepúsculo

É o crepúsculo
A dor de um espinho cravado neste peito
Anjo da agonia, sombra e cinzas
Dúvidas cravejadas de receio
Não é mais a primavera
Um sibilo entre as palavras duras
Um morcego que observa da janela
Durante as noites mais escuras
E não há mais a aurora
Nem boreal, nem turva
São só os passos devagar
É só a orquídea de flor murcha
E lá fora já vem chegando...
O homem com a carta da Morte
ou seria outra noticia
Eu entrego a minha própria sorte
Eu te espero ainda nesta vida
Espero ir bem mais tarde.

Aconteça o que acontecer...

  Aconteça o que acontecer, vamos continuar por aqui. Não é a primeira vez que o mal parecer ganhar terreno O mal-intencionado, o mal encarn...