terça-feira, 23 de outubro de 2018

Eu estou mais velho

Eu estou mais velho
E ainda não entendo tanta coisa sobre mim
Tento não ser egocentrista
E ao mesmo tempo
Tento descobrir se eu me ouço o suficiente
Eu queria ter equilíbrio

Eu ando a procura de um olhar novo
Infinitas possibilidades
Uma descoberta
Eu tropeço nos mesmo lugares
E lá de novo estou só e desequilibrado

As horas passam como dias
Eu ainda choro pouco antes do fim
Eu estou mais velho e menos sábio
Toda e qualquer certeza se foi
Estou caído

Um anjo me assiste
É só um pouco de inverno
Muita gente já me vê assim
Um tolo
Minha bússola eu perdi

De repente fiquei muito velho
As pernas com que corri fraquejam
A respiração some
Como o chão que eu desenhei
Eu me deito e me rendo.


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Sobre um tal de T'Challa, O Pantera Negra

Finalmente, assisti ao tão comentado Pantera Negra. Objeto de posts e mais posts de pessoas elogiando, de pessoas emocionadas e de pessoas ironizando (é até isso) as reações favoráveis e mesmo afetivas dos outros... Chorei nos primeiros 20 minutos do filme. (Que sensível ele kkkkk) sério, não posso dar spoiler, mas quem viu talvez se lembre da cena dele e do pai na parte inicial do filme, pra mim uma das melhores partes. Olha, esse post é para dividir uma coisa que é muito forte sim. Você vê um filme que tem todo um trabalho de construção do herói, dos vilões, dos aliados, da cultura... um cuidado para um herói que foge do padrão Blade (do Wesley Snipes), que diga-se de passagem não foi criado pelo Stan Lee como o Pantera Negra.
O Blade, tão citado pelos haters (é uma história sobre vampiros...) nada evoca a cultura africana, mais uma cutucada), Ja o Pantera... putz, é filme de herói negro, mais que isso, um herói africano. É um filme construído com exaltação a cultura africana, é tribal com a direito dancinhas, rituais, encontro com os ancestrais (que nem a alta tecnologia de Wakanda os faz abandonar), e isso não tem em herói tipicamente americano e, e muito menos em herói hollywoodiano, não.
O filme é lindo também pela força que as mulheres tem, melhores africanas, fortes, inteligentes e muito bonitas! Não é um filme exótico, é um filme de uma cultura pouco vista. É um filme da Marvel, é um filme sem nenhum dos principais Vingadores, sem Scarlett Johansson, nem é um filme de estrelas como Robert Downey Jr , é um filme SEM o Thor do Chris Hemsworth. Talvez a maior estrela seja o Forest Whitaker (ganhador do Oscar, "coincidentemente" pelo papel de um africano), para os fãs de Sherlock Holmes tem o Dr Watson (Martin Freeman, também conhecido como O Hobbit) ok, mas é um filme que ainda se presta a cutucar ̶O̶ ̶T̶r̶u̶m̶p̶ ̶e̶ ̶o̶s̶ ̶s̶u̶p̶r̶e̶m̶a̶c̶i̶s̶t̶a̶ ̶d̶e̶ ̶m̶e̶r̶d̶a̶ aqueles que preferem "construir barreiras do que pontes" nos dias de hoje.
Muita coisa nesse filme pra comentar..., por acaso é do Universo Marvel e também nos prepara para o tão aguardado Guerra Infinita, esse sim como toda a trupe da Marvel. Só acho que a Marvel poderia ter lançado o filme a tempo de concorrer ao Oscar desse ano(mesmo que seja em categorias técnicas, ja dava mais uma moralzinha), no próximo ano ja vai ter passado o hype. Enfim, com certeza assistirei de novo, postarei sobre o filme de novo, não sou crítico de cinema nem jornalista, só queria dividir minha impressão com vocês, até que algo tão inesperado mereça tantos caracteres. Wakanda pra sempre!
Ps: so converso sobre a representatividade deste filme com outro afrodescendente, porque o lugar de fala tem que ser respeitado.

Aconteça o que acontecer...

  Aconteça o que acontecer, vamos continuar por aqui. Não é a primeira vez que o mal parecer ganhar terreno O mal-intencionado, o mal encarn...